Le Counter equatorial Stream nous ralentit. La vitesse au sol est nettement moins rapide que celle affichée. 3 nœuds de différence, celle de la force de ce courant qui va encore se renforcer plus on approche de la Guyane.
Est-ce l’immensité de la mer, sa platitude tout en mouvement ou est-ce à nouveau l’approche de la terre ferme, de la Guyane, de la France, de l’Europe qui m’apporte par vagues successives une profonde nostalgie mêlée de rage de ce qui est encore aujourd’hui un pays, la Belgique. C’est au moins inscrit sur mon passeport. Aux questions qui émergent inévitablement aux escales sur le futur du pays en tant qu’Etat, à défaut de nation, je n’ai plus aujourd’hui pour m’en sortir que la ressource de dire que nous sommes le pays du surréalisme. Cela semble satisfaire tout le monde car cela donne corps à leur incompréhension, met un concept sur une brume vide d’où n’émergera jamais plus rien de consistant. Et si tout devait vraiment foutre le camp, alors vive le surréalisme, qui n’est jamais que le petit frère de l’anarchie !
8 de dezembro
A Counter equatorial Stream diminui nossa velocidade. A velocidade real é claramente menor do que a indicada. Três nós de diferença, a força dessa corrente que aumenta ainda mais à medida que nos aproximamos da Guiana.
Será a imensidão do mar, sua planura toda em movimento, ou será novamente a aproximação da terra firme, da Guiana, da França, da Europa, que me trás em ondas sucessivas uma profunda nostalgia misturada com raiva por aquilo que ainda hoje é um país, a Bélgica? Pelo menos é o que está escrito no meu passaporte. Às questões que inevitavelmente surgem nas escalas sobre o futuro do país enquanto Estado, já que não como nação, só tenho o recurso para me salvar de responder dizendo que somos o país do surrealismo. Isso parece satisfazer todo mundo, pois dá corpo à incompreensão de todos, coloca um conceito numa bruma vazia de onde nunca mais emergirá nada de consistente. E se tudo tivesse que sumir mesmo, então viva o surrealismo, que sempre foi o irmão mais novo da anarquia!